quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Marcas (In)deléveis

A maré sobe e apaga. Não me surpreende, nem a mim nem a ninguém.
Também não vejo surpresa nem desagrado na borracha do tempo sobre o caminho que se fez para trás, sobre a vida que já correu.
A maré esbaterá as pegadas e trará areia até que estas sejam tão completamente imperceptíveis, que se erga a dúvida da sua existência em algum momento.
O tempo esbate, desfoca todos os contornos de vida e de percurso que ficaram lá atrás.
Porém, bons ou maus, mais ou menos esborratados na nossa memória, no nosso sentir e pensar, nada lhes retira o valor, a verdade ou a essência.
Sophia

sábado, 13 de setembro de 2008

Salpicos de Luz


Ao fim do dia...
Sol, nuvens e mar produzem jogos de luz e de reflexos. Brincam, alteram matizes e pintam, a cada dia, quadros únicos e diferentes, não necessariamente bons ou maus, belos ou de estética vulgar.
Assim é também nos amanheceres, entardeceres, dias nublosos ou limpos das nossas vidas. É-o, entre outros motivos, porque o Sol nasce para todos, mas, não nasce sempre da mesma forma para todos e para cada um. Nem as nuvens surgem igualmente leves ou carregadas para todos e para cada um.
Por um lado, ainda bem, senão estaríamos todos a viver a mesma vida e a repetir os dias.
Sophia

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Depois das Três

Quantas vezes terá completado voltas!? Quantas vezes terá passado das três!?
Muitas, certamente.
Assistiu ao crecer do bulício, ao desaparecer do Tejo, ao enferrujar dos carris e à constante mudança dos seus parceiros de horas.
Sophia

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Júnior Intrometido

Visitas inesperadas! Completas surpresas! Imprevistas presenças!
Nem por isso, desagradáveis. Nem por isso, mal recebidas. Sobretudo, se nelas nada reconhecermos de estranho, descabido ou ilógico.
Elementos surgem inesperadamente, mas, por vezes, fazem até algum sentido no ambiente em que inesperadamente surgiram.
Sophia