sexta-feira, 30 de maio de 2008

Elementos

Por ela passaram muitos ventos, chuvas, tempestades e secas. A elas foi resistindo como pôde, o quanto pôde. Depois, caíram-lhe as folhas. Mas, manteve-se de pé. Sobraram apenas ramos e raízes. Despida, depois de se vergar a todas as intempéries, vai resistindo à passagem do tempo. Marca um contraste com tudo à sua volta, um tudo viçoso, que a cada fim de inverno renova o seu verde. É diferente! É diferente, mas faz parte daquele conjunto! É diferente, mas está integrada naquela realidade! É diferente, mas faz parte de um todo! E a sua ausência alteraria esse todo e torná-lo-ia menos do que o primeiro conjunto.
Noto aqui um paralelismo! Somos desgastados pelas adversidades da vida, que se vão somando, fazendo-nos "perder folhas". Porém, prosseguimos, continuando de pé, «de pé como as árvores». Depois, começa a notar-se a passagem do tempo, à qual vamos resistindo, até um dia. (Pelas, leis naturais, é este o padrão, embora nem sempre esta ordem seja respeitada).
Somos diferentes, podemos marcar um contraste, ser oposição a um conjunto, mas fazemos parte dele. Somos diferentes, mas integramos um todo. E a nossa diferença deve ser respeitada, porque independentemente dela desempenhamos um papel nesse todo, seja ele qual for, porque independentemente de à nossa volta existirem pessoas mais "viçosas" contribuímos para esse conjunto, tornamo-lo único e mais forte. Sem nós, o todo fica menos do que conosco. Não quer dizer que isso aconteça só pelo nosso valor, que se junta ao grupo, mas também pelo que fazemos acrescentar à totalidade do conjunto.
Na vida, muitas vezes, o todo é mais do que a soma das partes!
Sophia

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