
Sophia
Imagem por imagem, momento por momento...Gestos aprisionados, palavras surdas, ecos distantes, feridas cicatrizadas, quelóides de felicidade...Todas as palavras são poucas para descrever uma fotografia de dado momento ou gesto e todas as fotografias não chegam para equivaler todas as palavras e as ideias que por elas podemos expressar, porque as bases que as constroem são emoções e pensamentos, raramente representados na sua plenitude por imagens ou palavras...
A forma como a compenetra-ção em algo nos faz desdobrar do mundo em redor, desligando-nos dele, alheando-nos dos outros e unindo-nos ao objecto dessa contemplação é algo, simultaneamente, agradável, místico e dúbio. Essa contemplação, para o sujeito, tão dirigida a dado elemento, pode ser, para o observador externo, geradora de dúvida quanto ao objecto contemplado, face a um contemplador desconhecido na sua personalidade, nos seus trejeitos e na sua face.
Sophia